quinta-feira, 4 de março de 2010

Balanço de quarto de século

Prestes a fazer 25 anos sinto clara necessidade de fazer um balanço da minha vida, afinal já cá estou á um quarto de século acho que merece!
E pensando no assunto não fiz nada daquilo que tinha pensado fazer até esta data. Nunca fiz um interrail pela Europa com um orçamento bastante reduzido e de mochila ás costas, nunca fui estudar para fora como tanto queria, não tenho um grupo de amigos enorme( pouquíssimos mas bons), não gozei metade daquilo que devia e podia, nunca fiz nada de cabeça quente. Nunca gastei um ordenado em roupa e coisas para mim. Algo que sempre quis foi ir para África, para uma daquelas colónias de protecção da vida selvagem ajudar, dar o meu contributo. Já me inscrevi numa, mas á ultima da hora desisti( como dizia a minha mãe o hospital mais próximo ficava a 3 horas de carro, e eu estou sempre doente). E custa-me realmente olhar para trás e ter noção disto tudo. Nunca pensei estar aos 25 anos a sustentar uma casa longe o ninho da mãe. Apesar de muitas vezes reclamar, nunca foi esse o meu objectivo. Mas as escolhas que fiz trouxeram-me até aqui. Se teria feito as coisas de forma diferente? Sim teria. Mas é muito fácil agora depois de já ter vivido, de já ter passado pelos prós e contras alterar uma decisão. Perceber como a poderia alterar. Se me arrependo? Não realmente não me arrependo fiz tudo aquilo que na altura me parecia o melhor, hoje em dia teria lutado mais pelos meus ideais e objectivos, teria sonhado mais alto. Mas ainda tenho muitos quartos de século pela frente para mudar tudo aquilo que acho que está errado e que posso mudar.
O que tenho de bom é nunca baixar os braços, mesmo perante grandes adversidades, porque o caminho é só para a frente, sempre! Se há dias em que desespero? Há poucos mas há, mas nada como o dia seguinte para encara as coisas de outra forma. E é assim que tenho vivido. Este ano não começou bem é verdade, mas de nada vale lamentar-me, afinal de contas estou aqui, estou vida e tenho a possibilidade de alterar o rumo das coisas. Há maior bênção que essa?

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