segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

E mais uma vez perdemos contra esta doença.
Raio de bicho que não nos deixa em paz.
Acreditei até a última que ia ser diferente, desta vez, para variar. Supostamente a ciência já está mais evoluída, supostamente a A. era tão nova, tava tão feliz, com tantos projectos…
Devia mesmo ter sido diferente.
A última vez que a vi foi na noite de passagem de ano, estava bem, com esperança. Tinha acabado de sair do hospital.
Falamos da casa nova que ela tinha de vir visitar, do bacalhau com broa do M. que ela tanto queria provar, fizemos planos para a Pascoa, planos para a próxima visita a Celorico…
Infelizmente o único plano que se realizou foi a ia a Celorico e verdade seja dita, tinha dispensado tanto esta visita.
Eu quero acreditar num bem maior, numa justificação para tudo isto, quero conseguir acreditar que existe um Deus com um Plano bom. Nesta fase está difícil, só me lembro de um marido e de uma filha a quem ela faz muita muita falta. De uma família cada vez mais pequenina que acredito não merecia passar por isto outra vez.

Sei que poderia ter sido mil vezes pior, sei que pode ainda ser muito pior. Não é um queixume é apenas um lamento, uma tristeza, um pedido. Acho que esta família já teve a sua dose, já demos demasiados dos nossos, já temos cada vez mais o coração apertadinho