quinta-feira, 5 de maio de 2011

As fases da vida são quase como a lua :)

Ate aos 18 anos achei sempre que a minha vida iria ser uma aventura, nunca fez parte dos meus planos partilhar a minha vida fosse com quem fosse, nunca planiei casar ou ter filhos. Acreditava piamente que ia ser jornalista, que portugal era demasiado pequenino para mim. Que iria passar a vida a viajar de um lado para o outro, que iria entrevistar as mais diversas pessoas. Acreditava que uma familia só me iria atrapalhar, na melhor da hipoteses acreditava que por volta das 40 anos, na possibilidade de estar cheia de tanta aventura iria pensar adoptar (uma visão um tanto egoista eu sei).

Depois entrei para a faculdade e decidi que afinal não iria para jornalismo, que o desemprego era uma caminho quase certo e eu queria ser independente cedo, acreditava ainda assim que portugal nã seria o meu destino, que iria fazer erasmus para um qualquer país e não voltava mais, que viria aproveitar o nosso verão fantástico e as visitas de natal para matar as saudades mas nada mais que isso. Com o tempo percebi que financeiramente não poderia fazer um erasmus, que já tinha de trabalhar para pagar a licenciatura, não dava para as duas coisas ( e afinal depois já não o queria assim tanto).

Houve uma outra fase, mais romantica, em que acreditava que afinal o meu sitio era no porto bem pertinho da familia, que os 25 anos já estaria casa e a pensar em filhos e que até aos 27 já teria o primeiro , mas depois o trabalho no porto não apareceu, lisboa começou a ser uma realidade e as vontades mudaram.

Com a mudança para lisboa percebi que nunca ira conseguir viver fora de Portugal ( pelo menos não de livre vontade e nunca seria nada facil), percebi que sou muito menina da “mama”, que a minha familia é o meu ponto de equilibrio e longe não ia ser nada facil ( já assim não é).
Percebi tambem que esta falta de aventura tem de ser conpensada com loucura, que preciso ser apaixonada por tudo, que a vida “normal” não me chega, que a racionalidade não combina comigo, que quero sempre mais e mais e isto é um problema. É uma recção tipica de adolescente, sem consciencia, sem medir o risco. Percebi com o tempo que a vida não pode nem deve ser uma festa. Percebi que não vou estar apaixonada por tudo todos os dias, que ha dias em que vou adorar o meu trabalho e outros em que me apetece vir embora, que ha dias em que acredito que o mundo é meu e outros em que estou a suportar com o peso de mundo. Percebi que a vida não é sempre como a imaginamos ou como a queremos mas o bom disto tudo é que é uma caixinha de surpresas com coisas boas e más, mas com coisas novas todos os dias.

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